Autor:
Mark Lawrence
Título:
Prince Of Thorns
Editora:
DarkSide Books
Ano da Publicação: 2013
Volume: 1
Páginas: 364
Gênero: Fantasia, Medieval
Sinopse: ’’Tem início a Trilogia
dos Espinhos: Ainda criança, o príncipe
Honório Jorg Ancrath testemunhou o brutal assassinato da rainha-mãe e de seu
irmão caçula, William. Jorg não conseguiu defender sua família, nem fugir do
horror. Jogado à sorte num arbusto de roseira-brava, ele permaneceu imobilizado
pelos espinhos que rasgavam profundamente sua pele, e sua alma. O Príncipe dos
Espinhos se vê, então, obrigado a amadurecer para saciar o seu desejo de
vingança e poder. Vagando pelas estradas do Império Destruído, Jorg Ancrath
lidera uma irmandade de assassinos, e sua única intenção é vencer o jogo. O
jogo que os espinhos lhe ensinaram.’’
Prince of Thorns,
primeiro volume da Trilogia dos Espinhos, nos conta a história do Príncipe
Honório Jorg Ancrath, um garoto de 13 anos que apesar da pouca idade, é capaz
de realizar as piores atrocidades para conquistar o que deseja.
Quando tinha 9 anos, Jorg
presenciou o brutal assassinato de sua mãe e de seu irmão Will, de apenas 4
anos, pegos em uma emboscada. Ao ser jogado em um arbusto de roseira-brava por
um dos soldados de sua família, Jorg escapa com vida, ao mesmo tempo em que se
vê condenado a assistir tudo em silêncio enquanto os espinhos cortavam sua pele. Mesmo lutando para se manter consciente, o garoto
consegue enxergar o brasão dos soldados inimigos, descobrindo assim o
responsável pelo assassinato de sua família. Tal episódio despertou uma enorme
sede de vingança em Jorg, tornando-o um garoto frio, cruel, calculista e muito
sarcástico.
Pouco tempo depois do
trágico acontecimento, Jorg foge do palácio em que vivia, não sem antes
libertar uma irmandade de assassinos que estavam presos nas masmorras do
castelo de seu pai. Logo, ele passa a viver na estrada com seus ‘’irmãos’’,
roubando e ateando fogo em vilarejos, assassinando quem entrasse em seus
caminhos e violando pobres donzelas.
“Assassinar é o mesmo que matar, mas com um toque extra de precisão.”
Depois de 4 anos na
estrada, liderando a irmandade de assassinos, Jorg decide retornar para o
palácio com seus irmãos, contrariando as expectativas de todos que achavam que
o mesmo já estava morto. Após seu retorno, ele acaba se envolvendo em uma briga
com seu pai pela ascensão ao poder do Império Destruído. No meio da narrativa,
descobrimos o motivo do assassinato da rainha e de seu filho mais novo, o que de
certa forma, nos leva a entender Jorg e seus ardilosos planos. Nosso príncipe
não é um vilão, porém está longe de ser um mocinho. Apesar disso, mesmo com
toda a sua violência e barbaridade, é impossível não sentir o mínimo de empatia
por Jorg. Nosso personagem tinha tudo para ser um príncipe odiado, e não sei
que macumba Mark Lawrence fez, mas á todo momento torci para que Jorg
conquistasse seus objetivos. Alguns dos membros da irmandade, como Nubano e Sir
Makin, também me conquistaram.
Em dado
momento, Jorg começa a se questionar se suas ações eram suas ou se ele estava
sendo manipulado por alguma força desconhecida que havia invadido sua mente
para pregar-lhe peças. Com isso, ele percebe que seu maior inimigo pode não ser
o reino vizinho, mas sim sua própria mente.
A qualidade gráfica do
livro, que já é marca registrada da editora, é de cair o queixo. Com uma capa
dura aveludada lindíssima e uma revisão muito bem feita, Prince of Thorns é de
encher os olhos até do mais desatento leitor. Além disso, a história é repleta
de personagens bem elaborados, lutas, violência, assassinatos brutais,
sarcasmo, riqueza de detalhes e uma leve pitada de humor.
’’Poucas coisas que valem a pena são fáceis de conquistar.’’
A
estória é narrada alternando flashbacks do passado e acontecimentos presentes,
se passa em 1ª pessoa e tem como diferencial a forma como o autor nos apresenta
os diálogos. As conversas entre os personagens não são mostradas com
travessões, como normalmente são na maioria dos livros, mas sim com aspas. Foi
uma experiência diferente e inicialmente estranha para mim, já que estou
acostumada a ler livros que mostram diálogos da forma convencional, ou seja,
com travessões, mas depois de alguns capítulos acabei me acostumando com o
método usado pelo autor. Além disso, os capítulos são pequenos, possuindo uma
média de 3 a 5 páginas, o que é ótimo, já que odeio capítulos grandes demais.
‘’Agarre-se a uma coisa por muito tempo, um segredo, um desejo, talvez uma mentira, e ela moldará você.’’
Infelizmente
me sinto obrigada a dizer que Prince Of Thorns se revelou uma decepção na maior
parte do tempo. Calma, não estou dizendo que o livro é horrível e uma grande
perda de tempo. Longe disso. O problema é que eu desejava ler esse livro há
pelos menos 2 anos. Em 2015, adquiri o 1º volume da trilogia e decidi aguardar
enquanto não comprava os volumes seguintes. Apenas na Black Friday de 2016
consegui completar a coleção, então resolvi iniciar a leitura no começo desse
ano. Nesse meio tempo alimentei muitas expectativas, sempre imaginando que
seria um livro absolutamente incrível.
‘’Tudo aquilo que você não pode sacrificar se torna um fardo. Transforma você em alguém previsível, fraco.’’
Não sei se isso aconteceu porque eu não estava num clima para leituras ou porque realmente não era isso tudo que eu esperava, mas a leitura se desenvolveu de forma extremamente lenta, demorando mais de 2 semanas para terminar um livro com menos de 400 páginas. Vergonhoso, admito, mas o livro não me agradou tanto assim e acabei deixando-o de lado por alguns dias. Apesar disso, o enredo se tornou mais interessante a partir da metade do livro em diante. O final, de todo modo, foi satisfatório, e mesmo sem pontas soltas me deixou curiosa pela continuação.
‘’Diga-me, tutor. A vingança é uma ciência ou uma arte?’’
* Resenha de King
Of Thorns em breve *
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